terça-feira, 31 de maio de 2011

Deixa estar

Deixa estar
Um dia chega
O outro vai embora
não se preocupe
nada na vida se ignora
deixa estar
não se apavora
pois nada é motivo de preocupação
e sim de dilatação
plena

Passou...

A festa aconteceu e foi melhor do que o esperado! Momentos preciosos, com trocas profundas. Encontros e desencontros em meio a tanta gente conhecida. E muita música, oportunidade de soltar-se, deixar-se levar por um som externo, alheio, agradável. Embalada ao som da música, dançei, dançei e dançei. Esqueci dos problemas, das pressões, do passado, de tudo. Esqueci.
Acordei, acabada estava a festa e iniciada, com isso, a nostalgia. Lembranças boas de um tempo que foi e acabou. Assim como na festa, na vida. Momentos que existiram e foram tão bons, nunca mais vão acontecer de novo. Pessoas que deixei sair da minha vida e que hoje fazem uma falta tremenda. Não, nunca mais as verei. Passaram. Como a água que passa na corredeira, arrastando tocos, passam as pessoas, em encontros e desencontros, para um dia nunca mais serem, nunca mais existirem. Convivo com fantasmas que se foram... e eles me atormentam, dia e noite. Vem em forma de ladrões, assassinos, vilões, nos sonhos, vem em forma de dor, em lembranças, nos dias.
Como conseguir viver com tanta assombração? Qual o milagre para o esquecimento completo, para a aniquilação da dor?
Não tenho resposta e não as busco, embora queira encontrá-las. Mas as sei impossível e correr atrás seria desperdiçar tempo, energia, vontade. Seria entregar-me a uma irremediável sensação de perda, para sempre. Por isso sigo, no escuro, sem respostas. Sigo por ser esta a única via aberta para o caminhar. Avante.

sexta-feira, 27 de maio de 2011

Hoje é dia de festa!

Minha mãe comemora meia década de existência e vai celebrar em grande estilo, com uma festa de arromba! Vão estar lá parentes, amigos, e conhecidos. Muitas ligações, muitos contatos, palavras e afetos trocados. Terei várias oportunidades de ARRETHON, de alcançar o lugar mais profundo de minha alma onde faltam as palavras. Ou não. Pode ser que não passe de mais um evento social, onde as pessoas deslumbradas, desfilam seus modelitos preparados com esmero o dia inteiro.
Fico com a primeira opção. Quero que seja um momento de troca profunda, de compartilhar com o outro aquilo que trazemos de melhor e de comum, a nossa humanidade. Melhor momento não há. Que não fiquemos então inebriados com a bebida e nem empanturrados com a comida. Que seja um momento profícuo de companheirismo e troca. Agradecida!

quinta-feira, 26 de maio de 2011

O dia de hoje

O dia de hoje é afetado por nossos sonhos. São várias as sensações impregnadas em nossa mente que nos movem ao longo do dia. Sonhei que estava submersa no mar, era lá, nas profundezas, que eu vivia. Acordei com a sensação de não pertencer ao mundo. Estranha sensação. Era eu quem estava no sonho? Qual parte de mim? A menina, medrosa e ansiosa, ou a mulher, insegura e aflita? Era a adolescente, doida e inconsequente ou a senhora, débil e frágil? Qual Camilla sonhou o sonho de morar embaixo do mar?
Enquanto não encontro a resposta fico com o que tenho: morar em águas significa estar submersa em emoções. São elas quem tomam o curso da vida e me guiam dias afora. Vivo de emoções. Sinto cada segundo como se fosse o último e já não sei mais exprimir o que isso significa. Sei que estou sendo comandada pelos sentimentos e que a razão, ah maldita razão, muitas vezes me falta. Sinto, logo existo. Dor de amor, alegria de uma nota boa, tristeza com as misérias do mundo, raiva das imposições e obrigações, medo de envelhecer. Esta sou eu.

domingo, 22 de maio de 2011

Leveza

Somos uma mistura do que somos e daquilo que vemos. Temos que ter coragem de sermos nós mesmos apesar do pensamento alheio a nosso respeito. Essa mão no espelho jamais cessa de ser ela mesma e seu reflexo é inteiro, fiel, nítida imagem de si mesma, a mão.
Às vezes na vida passamos por momentos tão difíceis que tudo o que almejamos é deixar de ser a gente mesmo. Chega, não quero ser mais eu! Para que? Só para atrair tanta desgraça? Mas continumamos a existir e o sentimento do eu se aprimora, se fortalece. E com ele em nossa cola, decidimos que não dá mais para fugir. Olhamos no espelho. Nos encaramos. Somos. E jamais deixaremos de ser. Então passa a ser irremediável que nos aceitemos. Por inteiro. Por completo.

terça-feira, 17 de maio de 2011

Alteridade

O porque do nome alteridade.
O significado desta palavra é simples embora pareça complexo.
Vivemos a partir do outro mas somos diferente dele e é nessa diferença que reside a igualdade.
Então o tema alteridade me encanta: somos iguais ou diferentes do outro?
O que sou? O que são os outros? Como somos juntos? E separados?
São essas e outras reflexões que postarei aqui. Além de meus desabafos, encantadores, claros. E falarei de minha modéstia, bem nítida.... E de outra coisas mais... falarei, falarei, falarei... afinal, para que nos servem as palavras senão para nos exprimirmos? São elas alicerces para nossas emoções na medida em que nos amparam nesta inexorável jornada de existir, sozinhos.