domingo, 22 de abril de 2012

Capitulo




Por entre as frestas de uma janela estreita

passa um vento

leve e sutil

Traz consigo doce lembrança

 de um tempo outrora

meigo, infantil



pés no chão da terra pisada

mãos na teta da vaca suada


vaca materna
bezerros

crianças

fundidos
um só gozo

uma só busca

lembranças



que tempo é esse?

Senão agora?

Responda-me tu

Vaca sagrada



Jorra teu leite em minha boca

preenche-me com o teu contentamento

de me ver ali, filha tua

em igualdade

plena de sanidade e poesia



pés na terra

mãos na teta da vaca suada

A criança cresceu

e por entre a janela

 entra a brisa de um vento sutil

que relembra um tempo infantil

o ar sobrepuja os pensamentos

sobram-lhe os contentamentos

das estórias contadas em cadeiras rodadas

das rodas de pega pega

dos jogos de taco

dos beijos roubados

da face ruborizada

poetizada.

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